Após os tumultos que resultaram no incêndio das quatro portagens na província de Inhambane, o presidente do Conselho Empresarial local, Abdul Razaque, manifestou sua posição sobre a reabertura das infraestruturas.
Durante as recentes manifestações em protesto pelos resultados eleitorais e por justiça social em Moçambique, as portagens de Inharrime, Massinga, Vilankulo e Save foram reduzidas a cinzas.
Razaque destacou que, para que as portagens sejam reabertas, é essencial que as autoridades atendam às demandas da população, começando pela reparação das estradas esburacadas que têm causado sérios transtornos no tráfego.
Ele enfatizou que a deterioração das vias não apenas aumenta o risco de acidentes, mas também prejudica os veículos dos cidadãos que pagam regularmente para utilizar as portagens.
"O diálogo entre as entidades e a população é fundamental antes da reabertura das portagens.
As pessoas estão insatisfeitas e querem ser ouvidas", afirmou Razaque, ressaltando que a solução deve ir além do simples reparo dos buracos.
Além das questões relacionadas às condições das estradas, a comunidade em torno da portagem da Malova, no distrito de Massinga, exige melhorias na infraestrutura local, incluindo a instalação de energia elétrica e um sistema de abastecimento de água.
Embora a empresa responsável pela cobrança nas portagens tenha iniciado esforços para atender a essas demandas, os trabalhos ainda estão longe de ser concluídos.
Em um levantamento com transportadores que realizam o trajeto entre Massinga e Maxixe, foi revelado que a suspensão das cobranças nas portagens tem levado a uma redução nos custos operacionais.
Atualmente, muitos desses motoristas optam por subornar a polícia nas estradas, economizando cerca de 500MT por viagem.
A situação continua a ser monitorada pela comunidade e pelas autoridades, enquanto o debate sobre a reabertura das portagens e a melhoria das condições das estradas permanece em pauta.