A esposa, tomada pelo medo e pela chantagem emocional, aceitava calada. Todas as noites, deitava-se tremendo, enquanto a cobra fria se enrolava ao redor do seu corpo. O coração dela batia acelerado, numa mistura de terror e desespero, sem saber se acordaria viva no dia seguinte.
O marido, insensível ao sofrimento da mulher, chegava a se vangloriar com conhecidos mais próximos, dizendo que estava “fazendo sacrifícios” para mudar de vida. Alguns até suspeitavam, mas ninguém tinha coragem de perguntar o que realmente acontecia naquela casa.
Com o passar do tempo, a saúde da esposa foi se deteriorando: noites sem dormir, crises de ansiedade e marcas físicas de quem vivia em constante pânico. Ainda assim, o marido insistia, dizendo que não poderiam parar “antes da riqueza chegar”.
O que era para ser um ritual secreto virou tragédia: uma noite, a esposa foi encontrada desmaiada, o corpo gelado e o olhar perdido. A cobra estava ali, enrolada, imóvel, como se guardasse a última prova da loucura que ele mesmo provocou.
A história se espalhou, deixando todos chocados. E a pergunta que fica:
Até onde alguém é capaz de ir quando a ganância fala mais alto do que o amor?
Uma história marcada por medo, superstição e pela dor de quem foi traída não por um estranho, mas pelo homem que deveria protegê-la