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Venâncio Mondlane e o Novo Tabuleiro da Política Moçambicana


Hoje, falar de política em Moçambique sem mencionar Venâncio Mondlane é simplesmente impossível. Ele deixou de ser só “um agitador de massas” para se tornar peça central no xadrez político. A prova disso é que já conseguiu criar o seu próprio partido, o ANAMOLA (a.k.a. Anamalala), consolidando a sua marca política e abrindo espaço para um projecto inteiramente da sua autoria. Embora narrativas estejam especulando monopólio e autoritarismo, devido ao desaparecimento do Dinis Tivane e falta de transparência devido à falta de declaração da quantia resultante nas colectas do I-Povo, que tudo está em seu nome e contas. Mas também nunca ouvimos o balanço da Frelimo, Renamo, MDM, etc. 

Vale lembrar: Mondlane apenas concorreu à presidência pelo PODEMOS, e mesmo nessa estreia ajudou a escrever história. Foi sob sua influência que o PODEMOS conseguiu desbancar a RENAMO como segunda força no Parlamento e empurrou ainda mais o MDM para baixo. Ou seja, foi ele que rompeu o velho monopólio das duas grandes forças históricas e mostrou que o eleitorado já está aberto a novas alternativas.

O estilo dele é claro: fala directo, usa as redes sociais como trincheira, mobiliza juventude, vai às ruas quando é preciso e toca em temas que normalmente ficam enterrados pela política tradicional. Chamam-lhe “tsunami da cidadania moçambicana” porque, goste-se ou não, ele move multidões e mexe com as águas paradas do sistema.

Agora, com o ANAMOLA, Mondlane tem uma plataforma própria para transformar essa energia em estrutura política. Isso muda completamente o jogo: já não é apenas um “emprestado” num partido alheio, mas sim dono do seu próprio espaço. O risco para o sistema é claro: ele continua a pressionar o governo e a velha guarda partidária, mas agora com bandeira própria e com a capacidade de se consolidar a longo prazo. Assim queira Deus que se distraia o Diabo.  Clique para continuar...

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