O nome de Albino Manguene tem sido um dos mais comentados nas redes sociais nos últimos dias, depois de o pastor e político ter aceitado o convite para participar no Diálogo e Auscultação Pública promovido a nível nacional. A decisão gerou uma onda de críticas, ataques e acusações, com alguns internautas a rotulá-lo de “traidor”, enquanto outros defendem a sua liberdade de escolha e coerência política.
Segundo um texto publicado na página “Hora da Verdade”, o que começou como um pequeno ataque isolado transformou-se rapidamente numa campanha de difamação impulsionada por páginas e blogues que, alegadamente, procuram ganhar visibilidade política.
O autor da publicação lamenta a forma como a opinião pública tem sido manipulada, destacando que criticar alguém apenas por participar num diálogo nacional não representa consciência política, mas sim intolerância e falta de reflexão.
“Chamam Albino de traidor só porque se sentou à mesa do diálogo — a mesma mesa onde muitos queriam ver Venâncio Mondlane também sentado. Quanta contradição”, lê-se no texto.
A publicação também sublinha que Manguene sempre se manteve coerente nos seus posicionamentos, defendendo causas de justiça, esperança e mudança, sem recorrer a discursos de ódio.
“Albino é pastor, assim como Venâncio. Ambos falam de esperança, justiça e fé. Onde está o crime em querer participar num diálogo pelo bem do país?”, questiona o autor.
O texto vai mais longe, apontando que muitos dos que criticam Manguene não contribuem de forma ativa para o crescimento dos movimentos que dizem apoiar, limitando-se a reagir e partilhar conteúdos sem análise crítica.
A reflexão termina com um apelo à juventude moçambicana para que desenvolva pensamento próprio e discernimento, evitando ser arrastada por discursos de manipulação nas redes sociais.
“O país precisa de cidadãos que pensam, não de seguidores cegos. Porque, no fim, quem sai derrotado com esses ataques não é Albino Manguene, mas a nossa própria consciência.”