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Última hora: Venâncio Mondlane esteve Hoje durante o simpósio organizado pelo Centro de Integridade Pública (CIP),


reafirmei a urgência de uma reforma legislativa em Moçambique, especialmente no modelo de eleição dos deputados. 

O sistema actual, com listas fechadas, concentra poder nos diretórios partidários e exclui muitos cidadãos competentes que não fazem parte dos partidos, além disso, os deputados maioritariamente ficam a serviço do partido e não em representatividade do povo

Por isso, defendo a ideia da existência de um modelo misto, no qual parte dos deputados seria eleita por círculos uninominais em que o povo vota directamente em indivíduos que melhor possam os representar, e não apenas em listas partidárias aprovadas em ciclos fechados. Isso fortalece a responsabilidade e aproxima o Parlamento do povo. 

Essa mudança permitiria uma maior responsabilização dos eleitos, fortaleceria o vínculo entre o representante e o representado e reduziria o domínio oligárquico dos partidos políticos com assentos no parlamento.

Não precisamos dar asas a imaginação porque é nítido que Moçambique precisa abrir espaço para que vozes livres, fora das lógicas partidárias, possam entrar no Parlamento e representar o interesse público sem amarras ideológicas ou compromissos com chefias políticas.

Além disso, destaquei a fragilidade das instituições de fiscalização, que sofrem com falta de autonomia e recursos, permitindo que a corrupção continue a prosperar constantemente. 

Mas o combate à corrupção depende, antes de tudo, da postura do líder. Um dirigente deve ser íntegro e corajoso porque existem quadrilhas que controlam quadrilhas em todas as áreas do sector público.

 A integridade não é luxo, é um imperativo nacional, é um preço que ninguém deste governo está disposto a pagar.

É importante ressaltar que todos nós, cidadãos, devemos ser agentes anticorrupção.

 A educação cívica e a tecnologia são ferramentas poderosas para fiscalizar melhor o uso dos recursos públicos.

Só com reformas legislativas adequadas, lideranças comprometidas e uma cidadania activa poderemos construir um Moçambique minimamente justo transparente, digno e que pertença aos Moçambicanos. Clique para continuar...

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